Polícia Federal combate desvio de produtos químicos usados pelo tráfico no Alto Tietê

 A Polícia Federal realizou na manhã desta terça-feira (12) a Operação "Caffeine Break", com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio de grandes quantidades de produtos químicos controlados para o tráfico de drogas. Ao todo, nove mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Ferraz de Vasconcelos e Suzano, na região do Alto Tietê.

Mandados cumpridos

Em Ferraz de Vasconcelos, foram cumpridos:

  • 2 mandados de prisão temporária;

  • 2 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas;

  • 1 mandado de busca e apreensão contra pessoa jurídica.

Já em Suzano, a PF cumpriu:

  • 2 mandados de prisão temporária;

  • 2 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas.

Ao todo, a operação mobilizou 210 agentes federais, responsáveis por executar mais de 70 mandados judiciais em diversos municípios de São Paulo e também na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Como começou a investigação

As investigações começaram após o Setor de Químicos da PF de São José dos Campos identificar movimentações suspeitas de uma empresa voltada à produção de suplementos alimentares e energéticos à base de cafeína. A companhia, sediada na região, apresentava volume incomum na compra de produtos químicos controlados.

Durante o inquérito, outras duas empresas do setor de suplementos também foram identificadas com movimentações atípicas. Juntas, as três companhias adquiriram mais de 550 toneladas de cafeína, sem justificativas econômicas ou logísticas. As compras eram disfarçadas por meio da emissão de notas fiscais falsas.

Esquema sofisticado

A PF descobriu que um dos sócios da empresa principal já havia sido preso em 2010 durante a Operação Opus Magna, por envolvimento em esquema semelhante. Desta vez, ele teria estruturado um grupo mais sofisticado, com a participação de profissionais especializados, como químicos, farmacêuticos, despachantes aduaneiros e advogados.

Bloqueio de bens e crimes investigados

A operação também determinou:

  • 59 bloqueios de contas bancárias;

  • 83 sequestros e bloqueios de bens móveis e imóveis, totalizando até R$ 72 milhões em valores.

Os investigados poderão responder, conforme o grau de envolvimento, pelos crimes de:

  • Desvio de produtos químicos controlados para fabricação de drogas;

  • Integração em organização criminosa.

As penas somadas podem ultrapassar 25 anos de prisão.

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