A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta terça-feira (5) 19 pessoas durante uma operação contra uma organização criminosa acusada de fabricar e comercializar ilegalmente anabolizantes em todo o país. A ação ainda está em andamento.
Ao todo, estão sendo cumpridos 35 mandados de prisão temporária — válidos por cinco dias, renováveis por mais cinco — e 85 de busca e apreensão na capital paulista, região metropolitana, litoral, interior e em outros 11 estados.
As investigações começaram há cerca de um ano, a partir de uma denúncia anônima. Segundo a polícia, o grupo produzia e vendia os produtos livremente pela internet, sem a exigência de receita médica.
Os anabolizantes são medicamentos de uso controlado, usados principalmente para emagrecimento ou ganho muscular, e só podem ser fabricados por laboratórios autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e vendidos mediante receita de Controle Especial em duas vias.
De acordo com as apurações, os suspeitos operavam sob uma marca própria, ligada a um laboratório clandestino que comercializava substâncias anabolizantes e produtos para emagrecimento, tanto em forma oral quanto injetável.
Uma das bases do grupo ficava na Zona Norte de São Paulo, de onde os produtos ilegais eram distribuídos para diversos estados. Os anabolizantes eram armazenados em galpões logísticos, principalmente no Paraná, que também serão alvo das buscas.
Segundo o delegado Ronald Quene, coordenador da operação, o grupo movimentou cerca de R$ 25 milhões nos últimos cinco anos com a venda dos produtos ilegais.
Os presos e os materiais apreendidos em São Paulo e região metropolitana foram encaminhados para a 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas, localizada na 1ª Delegacia Seccional, no Centro da capital.
Ao todo, 57 mandados judiciais são cumpridos na capital e em cidades como Guarulhos, Mogi das Cruzes, Cotia, São Caetano do Sul, São José dos Campos, Jacareí, Campinas, Jundiaí, Louveira, Sumaré e São José do Rio Preto.
Os demais mandados são cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
