Na quinta-feira (3), uma mulher foi presa por fazer parte de uma quadrilha que enganava idosos no Rio de Janeiro. Ela se passava por funcionária da Receita Federal para obter informações pessoais das vítimas e furtar seus bens. A polícia estima que o grupo tenha movimentado mais de R$ 7 milhões com esses golpes nos últimos seis meses.
O esquema começava com uma ligação telefônica, na qual um dos criminosos se identificava como servidor da Receita e alegava que havia um erro na declaração do Imposto de Renda, especialmente envolvendo bens de alto valor. Durante a conversa, a vítima era induzida a revelar a existência de joias, dinheiro e outros objetos em casa.
Depois, a golpista, Thaiza Carine da Costa Oliveira, ia até a residência da vítima, se apresentava como funcionária da Receita e exigia a apresentação dos bens supostamente não declarados. Ela recolhia joias, eletrônicos, obras de arte — incluindo um quadro de um artista famoso — e também solicitava transferências via Pix, alegando que os valores seriam usados para regularizar pendências fiscais.
Um exemplo do golpe foi uma idosa de mais de 80 anos, que foi levada por Thaiza para resolver questões bancárias relacionadas ao imposto. O dinheiro da vítima foi transferido para a conta dos criminosos.
A polícia continua investigando para identificar outros membros do grupo e recuperar os bens roubados. A delegada Daniela Terra reforçou que os idosos devem ficar atentos: a Receita Federal nunca liga para solicitar informações ou valores, e qualquer pendência deve ser resolvida pelos canais oficiais, como o site ou uma agência da Receita.
Thaiza já tinha passagem pela polícia e confessou o crime. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes desse esquema.