Na terça-feira, 6 de maio de 2025, Axel Guilherme, um menino de 1 ano e 6 meses, faleceu após três dias internado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ele havia sido levado ao hospital no sábado, 3 de maio, com sinais evidentes de agressão, incluindo hematomas, fratura craniana e hemorragia, além de estar em parada cardiorrespiratória.
O padrasto de Axel, de 25 anos, foi preso em flagrante no hospital sob acusação de lesão corporal e maus-tratos. A mãe, de 20 anos, também foi detida, mas posteriormente liberada por meio de liberdade provisória. A equipe médica do HGF acionou as autoridades após suspeitar de maus-tratos devido à gravidade dos ferimentos da criança.
O pai biológico de Axel, Alex Eugênio, havia solicitado à Justiça a guarda da criança em três ocasiões, alegando que ele e os avós paternos prestavam cuidados e apoio financeiro ao menino, enquanto a mãe supostamente negligenciava suas responsabilidades parentais. Todos os pedidos foram negados. Após a internação de Axel, Alex Eugênio fez um novo pedido de guarda, mas o menino faleceu antes que a decisão fosse tomada.
O padrasto confessou ter agredido Axel após encontrá-lo acordado durante a madrugada. Ele afirmou que perdeu a paciência e bateu nas costas da criança, reconhecendo que a pancada pode ter sido forte demais. Ambos os suspeitos alegaram que os hematomas adicionais eram resultado de quedas que Axel teria sofrido.
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS) informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), sob os crimes de lesão corporal seguida de morte qualificada pela violência doméstica e familiar, e maus-tratos com resultado morte contra pessoa menor de 14 anos.
A advogada da família paterna, Gessica Maia, expressou pesar pela demora na decisão judicial, afirmando que o pai e os avós de Axel haviam oferecido apoio material e buscavam criar a criança em um ambiente seguro e amoroso.
Este caso destaca a importância de uma atuação mais ágil e eficaz do sistema judiciário e das autoridades competentes na proteção de crianças em situação de risco.