Marisvaldo dos Santos Silva ele é um baiano que passou por uma verdadeira jornada de aventuras e desafios ao longo de três anos. Durante esse período, ele viajou por vários países da América Central e do Norte, incluindo Venezuela, Colômbia, Panamá, Guatemala, México e Estados Unidos. Para se sustentar, ele fez bicos, como lavar carros e realizar pequenos serviços em uma borracharia, além de contar com a ajuda de outros imigrantes que lhe ofereceram abrigo em diferentes momentos.
Marisvaldo também passou por pelo menos seis nações, levando apenas a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) como documento. Sua trajetória começou quando saiu de casa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, em junho de 2022, e, ao longo do tempo, utilizou barcos, ônibus e bicicletas para se deslocar entre os países. O último ponto no Brasil antes de partir para o exterior foi Roraima, de onde seguiu para a Venezuela, passando pela Colômbia, Panamá e Guatemala, até chegar ao México, onde permaneceu por mais tempo e até teve um relacionamento.
Ele conseguiu entrar ilegalmente nos Estados Unidos há cerca de dois anos, mas foi deportado, retornando ao México. Depois, seguiu para a Costa Rica, onde foi finalmente pego pelas autoridades e deportado de volta ao Brasil. Durante todo esse tempo, ele não entrou em contato com a família para não preocupá-los, o que demonstra o cuidado e o amor que eles têm por ele.
Ao retornar ao Brasil, Marisvaldo foi recebido com muita alegria pela família, especialmente pela mãe, Maria dos Santos, que contou que ficou muito preocupada durante esses anos, mas que está feliz por ele estar de volta. Ela também mencionou que ele não aceita o diagnóstico de esquizofrenia e, por isso, não faz o acompanhamento médico adequado ou usa os medicamentos necessários, o que pode explicar alguns comportamentos dele, como sair de casa sem avisar.
Na madrugada de segunda-feira, ele se reencontrou com a mãe no Aeroporto de Salvador, em um momento de muita emoção, registrado em um vídeo onde eles se abraçam e ela comemora o retorno do filho. Inicialmente, ele ficará na casa dela, no bairro de Pernambués, e depois deve retornar ao imóvel onde morou antes de desaparecer. A viagem de volta foi mais rápida do que o esperado, graças à ajuda da família para parcelar as passagens.
Essa não foi a primeira vez que Marisvaldo desapareceu; em 2020, durante o início da pandemia, ele saiu de bicicleta e só foi localizado dias depois no Espírito Santo. Acredita-se que a esquizofrenia não tratada possa ter contribuído para esses episódios de desaparecimento. Apesar de tudo, a história é de esperança e de reencontro, mostrando o amor da família e a força de superar obstáculos difíceis.
