"O PA Barreto dispõe de 10 leitos de UTI, neste momento estou com 11 tivemos que abrir um leito extra para um paciente que chegou grave. Desses 11, 9 pacientes estão em ventilação mecânica, estão precisando de respirador. Nós também temos neste setor mais seis leitos ventilatórios, todos ocupados. Eu estou com 100% de taxa de ocupação de leitos ventilatórios. Temos também dez leitos de enfermaria. Desses dez leitos de enfermaria, estamos com ocupação de 90%. A nossa grande preocupação é que nossos leitos de enfermaria se transformaram em leitos ventilatórios, porque todos os pacientes estão dependentes de oxigênio", diz o secretário.
"Os leitos de enfermaria, que eram pacientes de menor gravidade, que logo teriam alta, agora são pacientes que estão dependentes de oxigênio também", afirma.
Além disso, segundo Knoller, não há mão de obra suficiente para a abertura de novos leitos. "Nós temos um problema de RH, até um problema financeiro em relação a isso. A gente não quer abrir mais leitos. Por isso que alguns casos nós até inserimos no Cross para que a gente não tenha que ampliar. Ampliar é ruim porque você não tem RH, você não tem médico, você não consegue dar toda a assistência necessária para aquele paciente quando você trabalha acima da capacidade. Isso a gente não quer", avalia.
O oxigênio disponível é suficiente para mais cinco dias, segundo o secretário, e há o temor da falta do insumo. "Nós fazemos pedidos diários. A empresa diz que tem, mas que não tem o quantitativo que estamos costumando pedir", diz o secretário.
Enquanto a cidade enfrenta dificuldades pra atender os contaminados, novos casos suspeitos não param de surgir. Solange está com sintomas da doença e aguardava a filha, de 19 anos, fazer o teste.
FONTE G1