Pela Mogi-Dutra passam cerca de 20 mil veículos diariamente. A rodovia é uma ligação importante com duas das principais rodovias que dão acesso a São Paulo: Ayrton Senna e Presidente Dutra. Para os motoristas, as melhorias são sempre bem-vindas, mas, com a "sombra" do pedágio, vem também a desconfiança. "Ela está precisando bastante de um recapeamento", diz o empresário Wilson Rovaris.
Tem motorista que vê necessidade de mudança, mas sabe bem o que não quer de jeito nenhum na rodovia. "Fazer passarela é viável, a população precisa. Agora colocar mais pedágio eu acho inviável. Meu caso, que trabalho em São Paulo, eu já pago pedágio tanto na ida quanto na volta. Não só eu, mas várias pessoas que são de Mogi acontece isso", observa Ismar Pereira, técnico nacional de produto medicinal.
A preocupação dos motoristas com a possibilidade de um pedágio na altura do quilômetro 45, é antiga e já dura mais de um ano.
Os pedidos da Artesp para fazer estudos de tráfego e projetos de melhorias ligaram um alerta também na Prefeitura de Mogi. O prefeito Caio Cunha procurou o governo do Estado.
De acordo com o prefeito, entre as melhorias está a colocação de passarelas e alargamento de alguns pontos da via. Ele também entende que são medidas para a instalação da praça de pedágio. "Vendo essa movimentação a gente se posicionou de uma forma mais firme, cobrando do governo uma explicação e externando o nosso posicionamento contrário", explica Caio Cunha.
Quem usa a rodovia todos os dias sabe que essa luta será intensa, mas espera que os resultados sejam positivos. "Eu trabalho em Itaquá e vou e volto todo dia. Imagina o custo da minha viagem todo dia. Vai aumentar muito. Então, eu acredito que não é viável ele fazer isso não", afirma o comerciante Rudney Prado.
O Diário TV da (TV DIÁRIO FILIAL DA GLOBO) pediu e aguarda uma posição da Artesp sobre a decisão do prefeito de Mogi das Cruzes de não autorizar os estudos de trânsito na Rodovia Mogi- Dutra.
Fonte G1
