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Escolas públicas do Alto Tietê registram pelo menos 13 casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, diz Apeoesp

As escolas do Alto Tietê registram pelo menos 13 casos confirmados ou suspeitos do novo coronavírus (Covid-19) entre profissionais e alunos, desde a retomada das atividades presenciais na última semana, segundo um levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Mogi das Cruzes.

O balanço, realizado nesta segunda-feira (15), inclui casos envolvendo alunos, professores e funcionários de 10 escolas da rede estadual e uma municipal (confira a lista abaixo). De acordo com a Apeoesp, eles passaram a ter sintomas após o início das aulas presenciais, em 8 de fevereiro.

Vânia Pereira da Silva, que é uma das coordenadora do sindicato na cidade, diz que a Diretoria Regional de Ensino (DER) optou por manter as aulas mesmo após ser comunicada sobre o surgimento da doença e que, agora, os professores se sentem inseguros.

A Apeoesp chegou a enviar um ofício à DER cobrando medidas e pedindo a imediata suspensão das aulas presenciais nas unidades em que os casos foram notificados. A Secretaria Estadual da Educação confirmou que tem quatro casos positivos, mas diz que os profissionais foram afastados.

Nesta terça-feira (16) as unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi) também confirmaram quatro casos da Covid-19 em funcionários. O retorno das aulas presenciais precisou ser adiado.

“As aulas não foram suspensas e estão seguindo normalmente. Isso é uma irresponsabilidade da diretoria do ensino de não seguir o protocolo de acordo com o que foi colocado na resolução 11. Ela está assumindo, para ela mesma, uma demanda que poderia ser evitada”, afirma.

Do total de escolas, 10 são de Mogi as Cruzes e uma é da rede municipal de Biritiba Mirim, cidade que ainda não retomou as aulas presenciais, mas apenas trabalhos presenciais de professores. Além dos supostos casos de coronavírus, a coordenadora diz que também foram encontradas outras irregularidades que podem trazer prejuízos.

“A gente tem escola que os basculantes das janelas não abrem, então falta ventilação. Falta pessoal para limpeza. Tem escola que não está funcionando o revezamento por falta de merendeira. Temos casos de álcool em gel vencido, falta de material”, diz a coordenadora do sindicato.

“Na luta que estamos fazendo pela preservação da vida, é muito complicado você ter um funcionário, um professor, que seja, na unidade escolar com sintomas e não ter um isolamento. Essa pessoa fica em contato”, completa Vânia.

Secretaria Estadual de Educação
Questionada sobre os apontamentos da Apeoesp, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que todas as unidades seguem os protocolos das autoridades da área da saúde e estão em funcionamento, garantindo a segurança de professores, servidores e alunos.

Dos casos citados pela reportagem, a pasta disse que tem quatro casos positivos em que os profissionais foram afastados e a unidade básica de saúde local foi acionada. Afirma, também, que todos estão sendo acompanhados.

A Secretaria também diz que o protocolo orienta que, nos casos suspeitos ou confirmados, os servidores são afastados ao comunicarem os sintomas e aguardam os resultados em casa, de quarentena. Vale lembrar que os professores e alunos que fazem parte do grupo de risco permanecem nas atividades remotas.

"Todas as escolas continuam utilizando o modelo de ensino híbrido, onde as crianças participam de atividades presenciais e remotas. Os casos confirmados e sob suspeita são acompanhados por meio do Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para Covid-19 da Seduc SP (SIMED)", completou.

Biritiba Mirim
A Prefeitura de Biritiba Mirim esclareceu que as aulas voltarão apenas de forma remota a partir do dia 18 de fevereiro. Nesta segunda (15), os professores retomaram às unidades para o planejamento das aulas.

A administração municipal destacou, ainda, que as servidoras com suspeita da Covid-19 submetidas aos exames e aguardam em casa os resultados. A Secretaria Municipal de Educação informa ainda que, os demais servidores já foram liberados e a unidade foi fechada para sanitização.

"Informamos ainda que as duas servidoras tem casos distintos, uma delas foi afastada, pois o filho testou positivo e o médico orientou o afastamento visto o quadro clínico de um parente direto e a segunda servidora aguarda o resultado dos exames", completou em nota.

Fonte G1

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