A Polícia Civil de Santa Isabel, no interior de São Paulo, investiga a morte de um menino de 2 anos, encontrado inconsciente no banheiro da casa onde vivia com a mãe e o padrasto, no bairro Parque São Benedito. O caso ocorreu no dia 22 de julho e foi registrado como morte suspeita na delegacia da cidade.
🕵️♂️ Início da investigação
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o padrasto da criança afirmou que havia deixado o menino tomando banho e, ao retornar, o encontrou caído no chão. Ele buscou ajuda e um motorista que passava pelo local os levou até a Santa Casa de Santa Isabel. No hospital, a morte foi confirmada. A certidão de óbito aponta que a causa está "a esclarecer".
O delegado Rogério Alves Pereira instaurou um inquérito e aguarda o laudo necroscópico. “Lesões aparentes não foram identificadas, mas o caso segue em investigação. Estamos ouvindo os familiares para entender as circunstâncias da morte”, afirmou.
👩👦 Avó materna suspeita de agressão
A ajudante geral Chaiana Simão de Deus Reis, avó materna da criança, levanta suspeitas sobre o padrasto e afirma que ele era agressivo e ciumento. Segundo ela, o homem chegou a tentar enforcar a mãe da criança no dia 18 de julho, quatro dias antes da morte do menino.
Ainda de acordo com Chaiana, no dia do suposto ataque, o avô paterno buscou o menino para passar o fim de semana com o pai, em São José dos Campos. A avó relata que o companheiro da filha teria agredido a mulher por ciúmes. “Se a vizinha não tivesse chegado, ele poderia ter matado minha filha”, contou.
No dia seguinte, a mãe do menino teria procurado abrigo com familiares, mas voltou para a casa do companheiro no dia 20. O filho foi entregue a ela pelo avô paterno em 21 de julho. No dia seguinte, Pedro foi encontrado desacordado.
🚨 Contradições e dúvidas
A avó afirma que a filha ligou informando que o menino teria caído durante o banho e sofrido uma parada cardíaca. No entanto, Chaiana diz que o padrasto apresentou versões diferentes no hospital — primeiro, teria dito que o menino rolou da escada; depois, que caiu e bateu a cabeça. Segundo um enfermeiro, a criança chegou com sinais de asfixia, sem hematomas visíveis na cabeça.
Outro ponto que levanta dúvidas é que, segundo a avó, a câmera de segurança da casa estava desligada no momento do ocorrido.
Chaiana também relatou que o menino demonstrava medo do padrasto em várias ocasiões. “Na creche, a tia dizia que ele não queria ir com ele quando ia buscá-lo”, lembrou. Ela disse ainda que o menino às vezes até sorria para o homem, mas em outras não queria sua presença.
⚖️ Família pede justiça
A família busca respostas sobre o que realmente aconteceu com Pedro. “Era uma criança inofensiva, de dois aninhos, que sorria, pulava, brincava. Mesmo que tenha sido um acidente, queremos saber a verdade”, disse a avó, emocionada.