Moradores da rua Professora Ary Silva, no bairro Botujuru, em Mogi das Cruzes, reclamam da falta de sinalização indicando que a via é sem saída. A rua, que tem uma inclinação acentuada, tem sido cenário de acidentes frequentes, principalmente com veículos de grande porte e motocicletas.
A ausência de placas no início da via tem causado confusão entre motoristas, que tentam subir o morro acreditando haver passagem. Ao se depararem com a barreira instalada no topo da ladeira, muitos precisam retornar de marcha à ré — momento em que ocorrem a maioria dos acidentes.
No último domingo (12), um casal de idosos que dirigia um veículo grande capotou ao tentar descer de ré, após perceber que a rua não tinha saída. O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou o resgate. Segundo moradores, as vítimas não sabiam que a rua era sem saída por falta de sinalização visível.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que a circulação de veículos no trecho com maior declive não é recomendada e só seria possível com obras de adequação, que exigem projeto técnico e recursos orçamentários. Por conta disso, barras de ferro foram instaladas para impedir o acesso de carros e motos à parte mais íngreme da rua.
No entanto, segundo apuração da TV Diário, essas barreiras e a única placa de aviso estão visíveis apenas de um lado da via, o que contribui para os enganos e acidentes. “Lá no começo da rua não existe sinalização que indique que é sem saída. Todo mês, pelo menos duas ou três pessoas tentam subir e só percebem o erro quando estão no topo do morro”, conta a moradora Amanda Marques, que vive na região há três anos.
Ela relata que já testemunhou motocicletas capotando à noite, com condutores feridos e danos materiais. Amanda também reclama do asfalto precário e da demora para resolver problemas básicos, como a substituição de lâmpadas dos postes, que só ocorreu recentemente.
A prefeitura informou que uma equipe será enviada ao local para avaliar melhorias na sinalização, mas ressaltou que a topografia irregular da rua é uma característica natural da região e não resultado de obras da administração municipal.