O A-29 Super Tucano é uma aeronave turboélice usada pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2013. Fabricado pela Embraer, o modelo é conhecido por sua versatilidade: além das apresentações da Esquadrilha da Fumaça, também atua em missões de defesa aérea, como interceptações, vigilância e operações de contrainsurgência.
Na quarta-feira (30), uma aeronave A-29 caiu durante um treinamento entre as cidades de Descalvado e Porto Ferreira, no interior de São Paulo, após colidir com outro avião da Esquadrilha. O piloto conseguiu se ejetar e não houve feridos. A outra aeronave envolvida conseguiu pousar em segurança.
Características da aeronave
Com 11,30 metros de comprimento, 3,97 metros de altura e peso de 3.200 kg, o Super Tucano pode atingir até 590 km/h. É considerado um caça leve de ataque, e é utilizado tanto para treinamento avançado quanto para missões operacionais. A FAB possui 60 unidades do modelo, distribuídas em cinco esquadrões, que já somam mais de 325 mil horas de voo.
O avião é equipado com tecnologia de ponta, incluindo sensores infravermelhos, designador a laser, óculos de visão noturna, comunicações seguras e link de dados. Essa configuração permite que a aeronave atue com eficiência em diversos cenários de segurança.
O A-29 já foi utilizado em operações durante eventos de grande porte, como a Rio+20, a posse da ex-presidente Dilma Rousseff e a visita do então presidente dos EUA, Barack Obama.
Substituição e modernização
O Super Tucano substituiu o antigo modelo T-27, usado por mais de 30 anos pela Esquadrilha da Fumaça. Ele trouxe uma nova identidade visual, com cores mais vibrantes e a bandeira do Brasil estampada no leme.
Em 2023, a Embraer e a FAB iniciaram estudos para modernizar a frota, com foco na atualização dos sistemas de navegação e comunicação, além de melhorias na capacidade de armamento e sensores. A ideia é manter o baixo custo operacional da aeronave, mas adaptá-la às novas demandas da aviação militar.
Exportação e uso internacional
O A-29 Super Tucano também é um sucesso de exportação. Já foi adquirido por mais de 15 países, incluindo Afeganistão, Indonésia e Estados Unidos, sendo utilizado tanto para treinamentos quanto em combates reais.
Investigação do acidente
Após o acidente ocorrido em São Paulo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciou os procedimentos para apurar as causas da colisão. A Embraer também vai participar da investigação.