O Alto Tietê amanheceu nesta terça-feira (25) com temperaturas extremamente baixas, marcando uma das manhãs mais frias do ano na região. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), atualizados às 7h, os termômetros registraram quedas bruscas em comparação com a manhã de segunda-feira (24).
Em Mogi das Cruzes, o bairro do Cocuera chegou a 0,7°C, uma diferença significativa em relação aos 13,1°C do dia anterior. Em Biritiba Ussu, também em Mogi, a mínima foi de 2,1°C, contra os 12,66°C registrados na segunda. Em Salesópolis, a queda foi ainda mais expressiva: de 13,3°C para 0,8°C em uma das estações de medição e de 12,7°C para 0,9°C no bairro Nossa Senhora dos Remédios.
Outras cidades da região também enfrentaram temperaturas próximas de zero. Em Suzano, o bairro Tijuco Preto marcou 1,4°C nesta terça, enquanto em Biritiba-Mirim os termômetros chegaram a 2°C, bem abaixo dos 13,12°C registrados no dia anterior. Já Arujá, que estava com 12,7°C na segunda-feira, amanheceu com apenas 5,3°C.
As áreas mais afetadas foram os bairros afastados e de maior altitude, que registraram os menores índices. A previsão é de que o frio continue nos próximos dias, principalmente durante as primeiras horas da manhã.
Impacto no campo
Apesar das baixas temperaturas, não houve registro de geada em Cocuera, segundo o produtor rural Luiz Yano, que atua no bairro. “Onde estou não geou, porque teve neblina e aí não congelou nada. Mas soube que nos Remédios [em Salesópolis] geou. Agora ainda não dá para calcular prejuízo, porque vão ter que esperar o gelo derreter”, relatou.
Na Chácara Santo Ângelo, também em Mogi das Cruzes, o agricultor Josias de Morais disse que, apesar do frio intenso, não teve perdas. As hortaliças ficaram molhadas pelo sereno, mas sem congelamento.
O frio, no entanto, altera a rotina no campo. Josias precisa molhar as mãos em água morna para conseguir colher os brócolis, pois o frio torna o manejo quase impossível. “Eu não posso usar luva, atrapalha a colheita. Então, uso um balde com água quente. Cada maço levo cerca de um minuto para colher. Tiro o maço, molho a mão e sigo”, explicou.
O agricultor inicia o trabalho por volta das 6h da manhã e teme que as próximas madrugadas tragam geadas mais severas, que podem comprometer sua produção