Trump avalia classificar PCC como organização terrorista, mesmo com oposição de Lula

 Os Estados Unidos estão considerando a possibilidade de classificar o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho como organizações terroristas, com o objetivo de aumentar as punições contra esses grupos. Essa iniciativa ocorre mesmo diante da oposição do governo brasileiro, liderado por Lula, que se manifesta contra essa classificação. Apesar da resistência do Brasil, Washington acredita que pode avançar na implementação dessa estratégia de forma unilateral, já que a decisão de classificar grupos como terroristas é de autonomia dos EUA.

Em uma visita de representantes americanos ao Brasil, o objetivo foi discutir a possibilidade de cooperação na questão, embora os Estados Unidos estejam prontos para seguir adiante mesmo sem o aval do governo brasileiro. Um auxiliar de Trump afirmou que os EUA não dependem de outros países para tomar essa decisão e que organizações ligadas ao narcotráfico representam uma ameaça diária à segurança pública.

A intenção de classificar o PCC e o Comando Vermelho como terroristas é, principalmente, econômica. Essa medida permitiria bloquear recursos financeiros ligados às facções, dificultando o funcionamento delas. Por exemplo, empresas de transporte que tenham vínculos com esses grupos poderiam sofrer punições severas. Além disso, essa classificação facilitaria a aplicação de penas mais duras aos criminosos e possibilitaria a deportação de traficantes presos nos EUA para centros de detenção na América Central, como o Cecot em El Salvador.

Por outro lado, o Ministério da Justiça do Brasil argumenta que esses grupos não atuam por motivos religiosos ou ideológicos, mas sim pelo lucro obtido com o tráfico de drogas e armas, o que, segundo eles, não justificaria a classificação como terroristas sob a legislação brasileira.

Apesar da resistência do Brasil, os EUA destacam que há uma cooperação internacional crescente no combate ao PCC e ao Comando Vermelho, com operações policiais bem-sucedidas. Atualmente, há uma linha direta de comunicação entre o governo americano, a Polícia Federal e algumas polícias estaduais brasileiras para fortalecer essa luta conjunta.

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