Um especialista destacou que os macacos são alvos da febre amarela e que é importante preservá-los para prevenir a ocorrência da doença


A Prefeitura de Santa Isabel emitiu um alerta epidemiológico no último domingo (9) após a descoberta de um primata morto com febre amarela em uma área de mata na divisa com Guarulhos. O médico veterinário Jefferson Leite enfatiza que os macacos não transmitem a doença. Infelizmente, em um momento de desespero, algumas pessoas acabam agredindo ou matando esses animais, o que não ajuda a combater a doença e é considerado crime ambiental, conforme a Lei Federal nº 9.605/1998, artigo 29. Tanto os macacos quanto os humanos são vítimas da febre amarela, que é transmitida por mosquitos. O alerta em Santa Isabel é especialmente direcionado aos moradores da zona rural, e a principal recomendação é que todos se vacinem, pois essa é a melhor forma de prevenção. A falta de informação leva muitas pessoas a cometerem o erro de matar macacos por causa da febre amarela, o que é totalmente incorreto. Os macacos atuam como sentinelas da presença do vírus em uma região; se não houver a detecção de mortes de macacos, a doença pode se espalhar e resultar em casos humanos. Se alguém encontrar um primata morto, a orientação é não tocar no animal e notificar as autoridades de saúde do município. Em Mogi das Cruzes, por exemplo, o Controle de Zoonoses pode ser acionado para remover o animal e realizar uma necropsia, enviando material para análise. É importante esclarecer que o verdadeiro transmissor da febre amarela é o mosquito. Os macacos servem como indicadores da doença. Atualmente, os casos de febre amarela registrados são de febre amarela silvestre, que ocorre em ambientes naturais. O Aedes aegypti é um mosquito conhecido por ser um potencial transmissor da febre amarela em áreas urbanas, mas não há registros de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. Além da vacinação, a prevenção da doença também envolve medidas que podem ser tomadas para controlar o Aedes aegypti, assim como as práticas de prevenção contra a dengue. É fundamental que todos façam sua parte para evitar a propagação da doença. 

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