A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta quarta-feira (19), Jeferson de Souza Jesus, conhecido como "Gordo da Paraisópolis". Ele é apontado como o piloto da motocicleta usada no assalto que resultou na morte do ciclista Vitor Medrado, ocorrido em 13 de fevereiro, no Itaim Bibi, Zona Oeste da capital paulista. O crime aconteceu por volta das 6h, em frente ao Parque do Povo, quando os assaltantes atiraram contra a vítima e roubaram seu celular.
A prisão de Jeferson foi realizada por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele já tem histórico criminal, com passagens por tráfico de drogas e receptação. Outro suspeito, acusado de efetuar os disparos que mataram o ciclista, foi preso entre os dias 8 e 9 de março, após participar de outro assalto.
Em 18 de fevereiro, a polícia já havia detido Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, conhecida como "mainha do crime". Ela seria a financiadora de criminosos que atuam em assaltos com motos em várias regiões de São Paulo. A prisão ocorreu em Paraisópolis, Zona Sul da cidade, onde foram apreendidos documentos e armas em sua residência. Esses materiais estão sendo analisados para confirmar sua participação em outros crimes, incluindo o assalto que levou à morte de Vitor Medrado.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, Suedna facilitava ações criminosas na capital, fornecendo apoio financeiro e logístico aos assaltantes. Durante a operação que resultou em sua prisão, foram encontradas três armas de fogo, celulares e bags utilizadas por criminosos que se passam por entregadores de aplicativos. Suedna já tinha passagens pela polícia por porte ilegal de armas e receptação.
Vitor Medrado, de 46 anos, era um ciclista experiente e influente na comunidade esportiva. Natural de Belo Horizonte (MG), ele morava em São Paulo, onde trabalhava como orientador físico. Vitor era integrante da Associação Sertanezina de Ciclismo e participava de competições na região de Ribeirão Preto. Conhecido como "Vitão" ou "Mineirinho", ele também atuou como professor em um projeto social que ensinava ciclismo a jovens em Sertãozinho.
Amigos e colegas descrevem Vitor como uma pessoa de sorriso fácil, espírito tranquilo e generoso. Aldemir Rocha, representante da Associação Sertanezina de Ciclismo, destacou sua dedicação ao esporte e sua paixão pelo ciclismo. A morte de Vitor chocou a comunidade esportiva e levantou debates sobre a segurança de ciclistas na cidade.