A secretária municipal de Serviços Urbanos, Camila Souza, garante que o serviço não será interrompido, então a população pode colocar o lixo nas lixeiras porque o roteiro de coleta existente na cidade será mantido.
Em relação ao contrato, Camila explica que o novo vai ser igual ao atual. A empresa Peralta que passa a operar o serviço, desde varição à coleta seletiva.
“É importante frisar que a nossa gestão sempre teve uma preocupação com a absorção deste grupo de funcionários. Houve um diálogo entre a empresa atual e a empresa contratada. A empresa atual contratada disse que vai absorver a quantidade de funcionários dela e vai remanejar os funcionários. A empresa que vai exercer o contrato a partir de amanhã está aberta e manifestou interesse e essa era uma preocupação nossa”, disse.
A CS Brasil, responsável pelo serviço até esta terça-feira, informou que o contrato cumpriu o prazo de 72 meses, conforme a legislação e, por questões administrativas, não participa do contrato emergencial e os 419 colaboradores devem ser realocados na empresa.
A secretária disse que, por conta disso, fez o contrato emergencial com a nova empresa. Ainda segundo ela, está em estudo para fazer uma licitação para o trabalho.
“Bem provável que o lixo tenha o mesmo destino [Jambeiro]. Nós não queremos um aterro aqui na cidade. Isso já foi discutido há 15 anos e a população disse não, por este motivo a gente não seguiu com a PPP. Vão ser feitos novos estudos. A gente entendeu que o dimensionamento que estava descrito na PPP não atende a realidade do município, então haverão novos estudos e fica bem claro que não queremos um aterro aqui”, disse.
Não há um prazo para a licitação começar, porque os estudos devem ser realizados nos próximos 18 meses.
A secretária destacou ainda que existe um tempo de conhecimento da cidade pela nova empresa, e existe um canal com a diretoria de limpeza para que se opere da melhor forma.
Em junho deste ano, os caminhões precisavam colher 75,5 km para levar 10,5 toneladas mensais de lixo até a Jambeiro, ao custo de R$ 2,4 milhões. Segundo a prefeitura, a cidade tem um índice de 5% de reciclagem, considerando coleta domiciliar e nos Ecopontos. O total é de 525 toneladas.
Histórico
Em 2019 a CS Brasil propôs uma Parceria Público-Privada (PPP) com a Prefeitura de Mogi das Cruzes para gestão de toda a cadeia de serviços. Desde a coleta do lixo até destinação do resíduo final. Isso aconteceu durante a gestão do então ex-prefeito, Marcus Melo (PSDB).
No ano seguinte, a prefeitura, ainda na gestão de Melo, lançou do edital de concorrência para a PPP, prevendo todos os serviços que seriam feitos pela empresa vencedora, inclusive a instalação do aterro sanitário bioenergético de Mogi das Cruzes ou da unidade de recuperação energética.
Já durante atual gestão, em 2021, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) se manifesta sobre o caso e pede o lançamento de um novo edital, atendendo as adequações exigidas pelo órgão. Em 30 de julho deste ano, a Prefeitura de Mogi das Cruzes revogou o edital.
Fonte G1