O Governo de São Paulo volta atrás e mantém até fevereiro atendimento de portas abertas no PS do Luzia de Pinho Melo, em Mogi

O governo do Estado voltou atrás após ter anunciado que o atendimento no pronto-socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, passaria a atender apenas os casos graves, mas agora anunciou nesta segunda-feira 14/12/20, que o serviço será mantido sem restrições até que os municípios do Alto Tietê se preparem para uma mudança no protocolo. O prazo estipulado foi 1º de fevereiro.

Esta medida já estava prevista para começar nesta próxima terça-feira 15/12 mas foi adiada por solicitação dos gestores municipais de saúde. A nova data tem como objetivo que as prefeituras possam reorganizar suas redes de atendimento até o final de janeiro.

O referenciamento previsto para o Luzia foi pactuado ao longo do ano com todos os municípios do Alto Tietê, região para a qual o hospital é referência, segundo o governo. O Vice-governador Rodrigo Garcia e o Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, atuaram para que se chegasse a este entendimento.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde foram consideradas a necessidade de otimizar a estrutura e o funcionamento do hospital para garantir atendimento aos casos mais complexos, em conformidade com o perfil assistencial do hospital, como traumas, infartos, AVCs e baleados.

Ainda de acordo com a pasta estadual, esta forma de atendimento referenciado é prevista pelo SUS para um hospital de alta complexidade. A medida foi definida em reunião de Comissão Intergestores Regional (CIR), com representantes das Secretarias Municipais de Saúde.

Até o final de janeiro, o PS seguirá atendendo a demanda espontânea, assim como os levados à unidade por ambulâncias ou serviços de Resgate ou Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), bem como pessoas transferidas a partir de outros hospitais. Estes casos mais graves têm atendimento priorizado, como ocorre em qualquer serviço de saúde.

O Luzia é também referência regional para casos de Covid-19, oferecendo 23 leitos de enfermaria e 20 de UTI para assistência aos moradores do Alto Tietê.

Atualmente, segundo a pasta, 73% dos atendimentos no PS da unidade envolvem relatos de dor de cabeça, resfriado e trocas de receitas médicas, sobrecarregando o serviço com casos que devem ser resolvidos em serviços da rede primária de saúde.

Fonte G1
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