O governador de São Paulo, João Doria, disse que o Estado vai receber na quinta-feira, 24 de dezembro, um lote com matéria-prima para mais 5,5 milhões de doses da vacina CoronaVac, a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butatan. Com o novo lote, o tucano afirmou que, até 31 de dezembro, São Paulo terá 10,8 milhões de doses disponíveis.
Apesar da produção das vacinas, o governo de São Paulo ainda não apresentou os estudos sobre a fase 3 de testes da CoronaVac para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A taxa de eficácia do imunizante também não foi divulgada. Para que a vacina seja aplicada, é preciso registro na agência regulatória.
[O novo lote de matéria-prima] chegará em mais um voo vindo da Sinovac, em Pequim, representando o maior lote de vacinas já desembarcado no Brasil. E também no continente latino-americano", afirmou Doria, hoje, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo a equipe do governador, os resultados da fase 3 dos testes da CoronaVac devem ser enviados à Anvisa na quarta-feira (23), ao mesmo tempo em que serão apresentados à agência chinesa.
A data de entrega desses estudos já foi adiada duas vezes. "O estudo clínico foi encerrado com mais de 13 mil participantes incluídos e os dados desse estudo foram então submetidos à análise que envolve a decisão, vamos dizer assim, a recomendação final e apresentação dos dados pelo comitê internacional", disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. "O anúncio será feito nesta terça feira 22/12, em um horário compatível com as duas cronologias.
Na China, o órgão regulatório receberá dados ao mesmo tempo em que a nossa Anvisa também receberá esses dados. E o órgão regulatório chinês poderá rapidamente dar o registro dessa vacina."