A Polícia Civil de Mogi das Cruzes está investigando a morte de uma criança de apenas 3 anos de idade moradora do Jardim Aeroporto I, por suspeita de maus-tratos. Henrique Costa dos Santos morreu na manhã de quarta-feira 04/11/20 depois de dar entrada na Santa Casa de Misericórdia da cidade. O atestado de óbito apontou como causa o "trauma agudo do abdômen por agente contundente".
O caso foi registrado como morte suspeita no 1º DP de Mogi das Cruzes pelo pai da criança, um ajudante de eletricista de 49 anos, depois que a médica plantonista que atendeu Henrique chamou a polícia por suspeitar de maus-tratos. Segundo ela, a criança apresentava "lesão de má higiene e ferimentos na gengiva".
O pai do menino no entanto, negou que o filho tenha sofrido maus-tratos. Na versão dele à polícia, o filho comeu um pedaço de pizza na segunda-feira e não se sentiu bem. Ele contou ainda que decidiu levar a criança ao médico porque fazia tratamento contra anemia e estava apática e muito quieta.
O corpo de Henrique foi velado na noite desta quarta-feira no velório Cristo Redentor, em Mogi das Cruzes, mas o pai não quis dar entrevista.
Choro constante
A mãe de Henrique morreu há sete meses, mas, segundo a família da mãe, a guarda dele já era do pai antes. O menino morava com o pai e a madrasta. De acordo com o advogado Ivan Lemes, contratado pela família da mãe, outras pessoas também moravam na casa.
"Essas pessoas, surpreendentemente após o óbito, elas se evadiram. Pegaram as malas e estão em rumo ignorado, o que leva mais a suspeitar de uma agressão por parte dos familiares que estavam com a criança", diz o advogado.
Um parente da criança que preferiu não se identificar contou à reportagem do G1 que mora afastada da família, mas assim que soube da situação da criança foi até a casa em que ele morava com o pai. Quando chegou lá, os vizinhos contaram que Henrique chorava constantemente durante o dia, porque era agredido, mas quando o pai chegava o choro cessava.
"Na semana passada, o pai do Henrique procurou a avó materna e disse que estava preocupado porque os vizinhos disseram para ele que o filho estava apanhando da madrasta. Ele chegou a separar dela, mas no sábado eles reataram e ela pediu para ver a criança. No final das contas, deu nisso", conta.
Ainda segundo o parente, o pai prestou o socorro ao filho e participou de todo o procedimento de velório."
(Fonte site G1 e redes sociais)
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